sexta-feira, 1 de junho de 2012

Jesucristo Sumo y Eterno Sacerdote


Jesucristo Sumo y Eterno Sacerdote


¡Oh amado Cristo mío, Santo, Sumo y Eterno Sacerdote! Te amo y deseo amarte, amarte hasta el fin, como Tú me amaste y me amas. Quiero amarte con amor que une, transforma e identifica. Quiero amarte hasta ser como Tú, hasta ser otro Tú, hasta ser... Tú. Este es el lenguaje propio del corazón que ama, es el lenguaje que brota de mi corazón, porque Te amo, oh amado Cristo mío y quiero ser como Tú.

Como Tú, sea yo para el Padre el hijo predilecto, muy amado, en quien tiene puestas sus complacencias, porque, al mirarme, ve en mi alma tu imagen, hecha cada vez más conforme en todo a Ti, Amor mío.

Como Tú, sea yo dócil a cuanto mueva en mí el Espíritu Santo, hasta realizar en mi alma una como encarnación del Verbo, y sea yo para Ti una humanidad suplementaria, donde Tú puedas renovar tu misterio de salvación de todas las almas.

Como Tú, quiero ser oración y oblación por los Sacerdotes y por cuantos crean por la palabra de ellos, esto es, ‘pro eis et pro Ecclesia’.

Como Tú, quiero tener, por único alimento de mi vida espiritual, cumplir en todo y siempre la voluntad del Padre. Sean norma de mi conducta tus palabras de vida eterna: ‘Quae placita sunt Patri facio semper’.

Como Tú, en fin, poder decir: ‘Pater, opus consummavi, quod dedisti mihi ut faciam’, y morir en tu acto de amor: ‘consummatum est’.
Ser como Tú en la vida, en la muerte y en la eternidad.

Tú eres mi Cristo, Sacerdote-Víctima. Como eres la única Víctima que agrada al Padre infinitamente, me ofrezco a Ti como tu pequeña ‘hostia’ y ser siempre ‘tu Cristo, Sacerdote-Hostia’.

Para ser como Tú, me consagro a Ti por amor en oblación perenne de holocausto. Mi Cristo, Sacerdote-Víctima, con plena confianza y como recuerdo imborrable de esta fecha, Te pido me concedas la gracia de ‘tu encarnación mística en mi alma’. Así, no sólo seré como Tú u otro Tú, seré más bien... Tú. ¡Seré Tú!

‘Vivo ego, iam non ego, vivit vero in me Christus’ Madre de Cristo, Sacerdote-Víctima, ruega por mí, tu hijo, que es tu ‘Cristo Sacerdote-Hostia’.

Madre, haz que toda mi vida sea un ‘Magnificat’ perenne al Todopoderoso, que se ha dignado hacer en mí grandes cosas, y te pido, Madre mía muy amada, que en silencio, recogimiento y adoración, viva yo mi vida de amor ‘escondida con Cristo en Dios’, hasta que, ‘rotos los velos de la fe’, sea semejante a Él, sea ‘como Él’ porque, cara a cara ‘Le vea como es’.


Venerable José María García Lahiguera
Arzobispo de Valencia

domingo, 20 de maio de 2012

SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO: Não pode a Igreja inteira, sem os padres, prestar a Deus tanta honra, nem obter dele tantas graças, como um só padre que celebra uma missa.

  Com efeito, sem os padres, não poderia a Igreja oferecer a Deus sacrifício mais honroso que o da vida de todos os homens: mas o que era a vida de todos os homens, comparada com a de Jesus Cristo, cujo sacrifício tem um valor infinito?Assim, o sacerdote que celebra uma missa rende a Deus uma honra infinitamente maior, sacrificando-lhe Jesus Cristo, do que se todos os homens, morrendo por ele, lhe fizessem o sacrifício das suas vidas. Mais ainda, por uma só missa, dá o sacerdote a Deus maior glória, do que lhe têm dado e hão de dar todos os anjos e santos do Paraíso, incluindo também a Virgem santíssima; porque não lhe podem dar um culto infinito, como o faz um sacerdote celebrando no altar.Pelo contrário, foi necessária a morte de Jesus Cristo para fazer um padre: pois, doutro modo, — onde se encontraria a Vítima que os padres da lei nova oferecem hoje a Deus, Vítima santíssima, sem mancha, só por si suficiente para honrar a Deus duma maneira condigna de Deus? O sacrifício da vida de todos os anjos e de todos os homens não seria capaz, como acabamos de dizer, de prestar a Deus a honra infinita, que lhe presta um padre com uma só missa.





A SELVA
POR
SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO


PRIMEIRA PARTE

A dignidade do Padre
I
Idéia da dignidade sacerdotal
Diz Sto. Inácio mártir que a dignidade sacerdotal tem a supremacia entre
todas as dignidades criadas2. Santo Efrém exclama: “É um prodígio espantoso
a dignidade do sacerdócio, é grande, imensa, infinita3. Segundo S. João
Crisóstomo, o sacerdócio, embora se exerça na terra, deve ser contado no
número das coisas celestes4. Citando Sto. Agostinho, diz Bartolomeu Chassing
que o sacerdote, alevantado acima de todos os poderes da terra e de todas
as grandezas do Céu, só é inferior a Deus5. e Inocêncio III assegura que o
sacerdote está colocado entre Deus e o homem; é inferior a Deus, mas maior
que o homem6.
Segundo S. Dionísio, o sacerdócio é uma dignidade angélica, ou antes
divina; por isso chama ao padre um homem divino7. Numa palavra, concluí
Sto. Efrém, a dignidade sacerdotal sobreleva a tudo quanto se pode conceber8.
Basta saber-se que, no dizer do próprio Jesus Cristo, os padres devem
ser tratados como a sua pessoa: Quem vos escuta, a mim escuta; e quem
vos despreza, a mim despreza9. Foi o que fez dizer ao autor da Obra imperfeita:
Honrar o sacerdote de Cristo, é honrar o Cristo; e fazer injúria ao sacerdote
de Cristo, é fazê-la a Cristo”10. Considerando a dignidade dos sacerdotes,
Maria d’Oignies beijava a terra em que eles punham os pés.
II
Importância das funções sacerdotais
Mede-se a dignidade do padre pelas altas funções que ele exerce. São
os padres escolhidos por Deus, para tratarem na terra de todos os seus
negócios e interesses; é uma classe inteiramente consagrada ao serviço do
divino Mestre, diz S. Cirilo de Alexandria11. Também Sto. Ambrósio chama ao
ministério sacerdotal uma “profissão divina”12. O sacerdote é o ministro, que
o próprio Deus estabeleceu, como embaixador público de toda a Igreja junto
dele, para o honrar, e obter da sua bondade as graças necessárias a todos
os fiéis.
Não pode a Igreja inteira, sem os padres, prestar a Deus tanta honra,
nem obter dele tantas graças, como um só padre que celebra uma missa.
Com efeito, sem os padres, não poderia a Igreja oferecer a Deus sacrifício
mais honroso que o da vida de todos os homens: mas o que era a vida de
todos os homens, comparada com a de Jesus Cristo, cujo sacrifício tem um
valor infinito? O que são todos os homens diante de Deus senão um pouco
de pó, ou antes um nada? Isaías diz: São como uma gota de água... e todas
as nações são diante dele, como se não fossem13.
Assim, o sacerdote que celebra uma missa rende a Deus uma honra
infinitamente maior, sacrificando-lhe Jesus Cristo, do que se todos os homens,
morrendo por ele, lhe fizessem o sacrifício das suas vidas. Mais ainda,
por uma só missa, dá o sacerdote a Deus maior glória, do que lhe têm dado
e hão de dar todos os anjos e santos do Paraíso, incluindo também a Virgem
santíssima; porque não lhe podem dar um culto infinito, como o faz um sacerdote
celebrando no altar.
Além disso, o padre que celebra oferece a Deus um tributo de reconhecimento
condigno da sua bondade infinita, por todas as graças que ele há
sempre concedido, mesmo aos bem-aventurados que estão no Céu. Este
reconhecimento condigno nem todos os bem-aventurados juntos o poderiam
prestar; de modo que, ainda sob este ponto de vista, a dignidade do padre
está acima de todas as dignidades, sem exceptuar as do Céu.
Mais, o padre é um embaixador enviado pelo universo inteiro, como
intercessor junto de Deus, para obter as suas graças para todas as criaturas;
assim fala S. João Crisóstomo14. Santo Efrém ajunta que o padre trata familiarmente
com Deus15. Para o padre, numa palavra, não há nenhuma porta
fechada.
Jesus Cristo morreu para fazer um padre. Não era necessário que o
Redentor morresse para salvar o mundo: uma gota de sangue, uma lágrima,
uma prece lhe bastava para salvar todos os homens; porque, sendo esta
prece dum valor infinito, era suficiente para salvar, não um mundo, mas milhares
de mundos.
Pelo contrário, foi necessária a morte de Jesus Cristo para fazer um
padre: pois, doutro modo, — onde se encontraria a Vítima que os padres da
lei nova oferecem hoje a Deus, Vítima santíssima, sem mancha, só por si
suficiente para honrar a Deus duma maneira condigna de Deus? O sacrifício
da vida de todos os anjos e de todos os homens não seria capaz, como
acabamos de dizer, de prestar a Deus a honra infinita, que lhe presta um
padre com uma só missa.
III
Excelência do poder sacerdotal
Mede-se também a dignidade do padre pelo poder que ele exerce sobre
o corpo real e o corpo místico de Jesus Cristo.
Quanto ao corpo real, é de fé que no momento em que o padre consagra,
o Verbo encarnado se obrigou a obedecer-lhe, vindo às suas mãos sob
as espécies sacramentais. Causou espanto que Deus obedecesse a Josué,
e mandasse ao sol que se detivesse à sua voz, quando ele disse: Sol! fica-te
imóvel diante de Gabaon... E o sol deteve-se no meio do Céu16.
Mas é muito maior prodígio que Deus, em obediência a poucas palavras
do padre17, desça sobre o altar, ou a qualquer parte em que o sacerdote o
chame, quantas vezes o chamar, e se ponha entre as suas mãos, embora
esse sacerdote seja seu inimigo! Aí permanece inteiramente à disposição do
padre, que pode transportá-lo à sua vontade dum lugar para outro, encerrálo
no tabernáculo, expô-lo no altar, ou ministrá-lo aos outros. É o que exprime
com admiração S. Lourenço Justiniano, falando dos padre: “Bem alto é o
poder que lhes é dado! Quando querem, demudam o pão em corpo de Cristo:
o Verbo encarnado desde do Céu e desce verdadeiramente à mesa do
altar! É-lhes dado um poder que nunca foi outorgado aos anjos. Estes conservam-
se junto do trono de Deus; os sacerdotes têm-no nas mãos, dão-no
ao povo e eles próprios o comungam”18.
Quando ao corpo místico de Jesus Cristo, que se compõe de todos os
fiéis, tem o sacerdote o poder das chaves: pode livrar do inferno o pecador,
torná-lo digno do Paraíso, e, de escravo do demônio, fazê-lo filho de Deus. O
próprio Jesus Cristo se obrigou a estar pela sentença do padre, em recusar
ou conceder o perdão, conforme o padre recusar ou dar a absolvição, contanto
que o penitente seja digno dela.
De modo que o juízo de Deus está na mão do padre, diz S. Máximo de
Turim19. A sentença do padre precede, ajuda S. Pedro Damião, e Deus a
subscreve20. Assim, conclui S. João Crisóstomo, o Senhor supremo do universo
não faz senão seguir o seu servo, confirmando no Céu tudo quanto ele
decide na terra21.
Os padres, diz Sto. Inácio mártir, são os dispensadores das graças divinas
e os consócios de Deus22. E, segundo S. Próspero, são a honra e as
colunas da Igreja, portas e porteiros do Céu23.
Se Jesus Cristo descesse a uma igreja, e se sentasse num confessionário
para administrar o sacramento da Penitência, ao mesmo tempo que um
padre sentado no outro, o divino Redentor diria: Ego te absolvo o padre diria
o mesmo: Ego te absolvo; e os penitentes ficariam igualmente absolvidos,
tanto por um como pelo outro.
Que honra para um súdito, se o seu rei lhe desse poder para livrar da
prisão quem lhe aprouvesse! Mas muito maior é o poder dado pelo Padre
Eterno a Jesus Cristo, e por Jesus Cristo aos padres, para livrarem do inferno,
não só os corpos, mas até as almas; esta reflexão é de S. João
Crisóstomo24.

IV
A dignidade do padre excede todas as dignidades criadas
A dignidade sacerdotal é pois neste mundo a mais alta de todas as dignidades,
nota Sto. Ambrósio25. Ela excede, diz S. Bernardo, todas as dignidades
dos imperadores e dos anjos26. Santo Ambrósio ajunta que a dignidade
do padre sobreleva à dos reis como o ouro ao chumbo27. A razão disso, segundo
S. João Crisóstomo, é que o poder dos reis só se estendem aos bens
temporais e aos corpos, ao passo que o dos padres abrange os bens espirituais
e as almas28. Donde se conclui, em conformidade com o que fica exposto,
que o poder ou a dignidade do padre é tão superior à dos príncipes como
a alma ao corpo; era o que já tinha dito o Papa S. Clemente29.
É uma glória para os reis da terra honrar os padres; é isso próprio dum
bom príncipe, diz o Papa Marcelo30. Os reis, diz Pedro de Blois, apressam-se
a dobrar o joelho diante do sacerdote, a beijar-te a mão, e a abaixar humildemente
a cabeça para receberem a sua bênção31.
Reconhecem assim a superioridade do sacerdócio, diz S. João
Crisóstomo32. Conta Barónio33 que Leôncio, bispo de Trípoli, tendo sido chamado
à côrte pela imperatriz Eusébia, lhe mandara dizer que, se queria a
visita dele, era necessário que primeiro aceitasse as seguintes condições:
que à sua chegada a imperatriz desceria do seu trono, viria inclinar a cabeça
sob as suas mãos, pedir-lhe e receber dele a bênção; depois ele se assentaria,
e ela só o poderia fazer com permissão sua. Terminava por dizer-lhe que,
a não se darem essas condições, jamais poria os pés na sua côrte.
Convidado para a mesa do imperador Máximo, S. Martinho brindou primeiro
o seu capelão e só depois o imperador34. No Concílio de Nicéia, quis
Constantino Magno ocupar o último lugar, depois de todos os sacerdotes,
num assento menos elevado; e ainda se não quis assentar sem permissão
deles35. O santo rei Boleslau tinha pelos sacerdotes uma tal veneração que
não se assentava na presença deles.
A dignidade sacerdotal ultrapassa até a dos anjos, razão por que também
estes a veneram36. Velam os anjos da guarda pelas almas que lhe estão
confiadas, de modo que, se elas se encontram em estado de pecado mortal,
excitam-nas a recorrer aos sacerdotes, esperando que eles pronunciem a
sentença de absolvição; assim fala S. Pedro Damião37.
Se um moribundo pedir a assistência de S. Miguel, bem poderá, é verdade,
este glorioso arcanjo expulsar os demônios que o cercarem, mas não
quebrar-lhes as cadeias, se não vier um padre que o absolva. Acabando S.
Francisco de Sales de conferir a ordem de presbítero a um digno clérigo,
notou à saída que ele trocava algumas palavras com outra pessoa, a quem
(
queria ceder a passo. Interrogado pelo Santo, respondeu ao jovem sacerdote
que o Senhor o tinha honrado com a presença visível do seu anjo da guarda.
Este antes da sua elevação ao sacerdócio caminhava à sua direita e precedia-
o, mas agora tomava a esquerda e recusava caminhar diante; por isso
ele se tinha ficado à porta, numa santa contenda com o anjo. S. Francisco de
Assis dizia: “Se eu visse um padre, primeiro ajoelharia diante do padre, e
depois diante do anjo38”.
Mais ainda, o poder do padre excede até o da santíssima Virgem; porque
a Mãe de Deus pode pedir por uma alma e obter-lhe quanto quiser pelas
suas súplicas, mas não pode absolvê-la da menor falta. Escutemos Inocêncio
III: “Embora a santíssima Virgem esteja elevada acima dos apóstolos, não foi
contudo a ela, mas a eles que o Senhor confiou as chaves do reino dos
céus39”.
Por outro lado, S. Bernardino de Sena, dirigindo-se a Maria, diz igualmente
que Deus elevou o sacerdócio acima dela40; e eis a razão que dá:
Maria concebeu Jesus Cristo uma só vez; o padre pela consagração concebe-
o, por assim dizer, quantas vezes quer; de modo que, se a pessoa do
Redentor ainda não existisse no mundo, o padre, pronunciando as palavras
das consagração, produziria realmente esta pessoa sublime do Homem-Deus.
Daqui esta bela exclamação de Sto. Agostinho: “Ó venerável dignidade a
dos sacerdotes, entre cujas mãos o Filho de Deus encarna como encarnou
no seio da Virgem!41”. Por isso S. Bernardo, entre muitos outros, chama aos
padres pais de Jesus Cristo42. De fato, são causa da existência real da pessoa
de Jesus Cristo na Hóstia consagrada.
De certo modo, pode o padre dizer-se criador do seu Criador, porque
pronunciando as palavras da consagração, cria Jesus Cristo sobre o altar,
onde lhe dá o ser sacramental, e o produz como vítima para o oferecer a
Padre eterno. Para criar o mundo, Deus só disse uma palavra: Disse, e tudo
foi feito43; do mesmo modo, basta que o sacerdote diga sobre o pão: Isto é o
meu corpo; = Hoc est corpus meum; e eis que o pão deixou de ser pão: é o
corpo de Jesus Cristo. S. Bernardino de Sena vê nesta maravilha um poder
igual ao que criou o universo44. E Sto. Agostinho exclama de assombro: “Ó
venerável e sagrado poder o das mãos do padre! Ó glorioso ministério! Aquele
que me criou a mim, deu-me, se ouso dizê-lo, o poder de o criar a ele; e ele
que me criou sem mim, criou-se a si por meio de mim!”45
Assim como a palavra de Deus criou o céu e a terra, assim também, diz
S. Jerônimo, as palavras do padre criam Jesus Cristo46. Tão alta é a dignidade
do padre que vai até abençoar sobre o altar o próprio Jesus, como Vítima
para oferecer ao Padre eterno. Segundo nota o Pe. Mansi47, no sacrifício da
Missa, Jesus Cristo é considerado como Sacrificador principal e como Vítima:
como Sacrificador abençoa o padre; mas, como Vítima, é abençoado
pelo padre.

sábado, 12 de maio de 2012

IL TEOLOGO DON MAURO GAGLIARDI E LA POSITIVITÀ DELL’ABITO ECCLESIASTICO

Pontifex.RomaDon Mauro Gagliardi è nato a Salerno nel 1975 ed è sacerdote diocesano del clero di Salerno-Campagna-Acerno dal 1999, ha conseguito il dottorato in Teologia presso la Pontificia Università Gregoriana nel 2002, e la laurea quadriennale in Filosofia presso l’Università L’Orientale di Napoli nel 2008. E’ professore ordinario presso la Facoltà di Teologia dell’Ateneo Pontificio Regina Apostolorum e professore incaricato dell’Università Europea di Roma nelle Facoltà di Storia e di Giurisprudenza, nonché nel Master in Architettura, Arti Sacre e Liturgia. Dal 2008 è Consultore dell’Ufficio delle Celebrazioni Liturgiche del Sommo Pontefice e dal 2010 della Congregazione per il Culto Divino e la Disciplina dei Sacramenti. Recentemente don Gagliardi ha pubblicato con l’editore Cantagalli un bellissimo libro intitolato “ In memoria di Me” sulla spiritualità sacerdotale. Il libro certamente passerà alla storia della spiritualità del ventunesimo secolo ...
... e consiglio vivamente a tutti i sacerdoti di leggerlo. Nel testo don Mauro si sofferma giustamente sull’importanza dell’abito ecclesiastico come segno importante per l’identità non solo esterna del presbitero e scrive:
“La Chiesa stabilisce che i sacerdoti vestano un abito diverso dagli altri, un abito che li distingue e li rende immediatamente riconoscibili. Essi sono rappresentanti pubblici di Cristo e della Chiesa. L’abito proprio del sacerdote diocesano è la talare.
La Chiesa oggi permette anche di utilizzare la camicia clericale, spesso chiamata clergyman. Sebbene la talare sia un segno di distinzione maggiore, entrambi sono ammessi.
Non è invece contemplata la possibilità che i sacerdote vesta abiti civili, come purtroppo spesso avviene. Di norma, questa abitudine si giustifica dicendo che in questo modo le persone si avvicinano di più a noi, si sentono più libere di esprimersi; invece l’abito sacerdotale crea distanza. Ma è proprio questo il suo valore, lungi dall’essere un danno!
Il sacerdote è a resta uomo, ma l’Ordinazione lo ha reso mediatore tra Dio e gli uomini. Pur essendo completamente al servizio di Dio e, per ciò stesso, del prossimo, egli non può semplicemente essere uno come gli altri. E’ preso di mezzo agli altri per un ruolo unico. Questo deve essere visibile anche nell’uniforme di servizio, nel senso più nobile dell’espressione. Un po’ di sana distanza non guasta.
Schiere innumerevoli di sacerdoti sono stati vicinissimi al loro prossimo e sono stati anche percepiti come veri padri, non nonostante, ma proprio grazie allo speciale rapporto che l’abito sacerdotale contribuisce a costruire. Non si tratta affatto di essere lontani dalla gente, ma neppure di essere semplicemente uno in mezzo alla gente: altrimenti, qual è lo specifico del ministro di Dio?
Nel noto film di R. Scott Il Gladiatore , vi è uno scambio di battute che ci può aiutare. Uno dei senatori giunge al Colosseo per assistere ai giochi e uno dei suoi colleghi lo apostrofa dicendo qualcosa del tipo: mi meraviglio di vederti qui, perché tu cerchi sempre di non mischiarti col popolo. Ma il primo ribatte: non pretendo certo di essere uno del popolo, ma uno per il popolo.
Per il sacerdote questa risposta si applica solo in parte. Egli è e resta uno del popolo di Dio, un battezzato. Ma, in quanto ministro ordinato, egli è anche uno per il popolo, con gli onori e soprattutto le responsabilità che ne conseguono. A volte alcuni sacerdoti meno populisti e più in favore del popolo, del suo vero bene soprannaturale e poi anche sociale.
L’abito sacerdotale è inoltre un aiuto notevole per il sacerdote stesso. Lo aiuta in ogni situazione a dare il meglio di sé, ad essere il più possibile aderente al suo ruolo, uniformando costantemente lo stile di vita al dono ricevuto. Portare l’abito, essere sempre e dovunque sotto osservazione in qualche modo ti forza dolcemente a vivere sempre il Vangelo. Il sacerdote che porta l’abito è riconoscibile subito ovunque e non solo quando celebra all’altare. E qui troviamo un altro aspetto fecondo del rapporto liturgico – vita sacerdotale. Si potrebbe sintetizzare così: non fare nulla nella vita che non faresti sull’altare. La sacralità della liturgia, il senso di raccoglimento necessario, la santità dei messaggi…tutto è scuola.
Il sacerdote deve trasportare nella vita questo stile. All’altare egli non farebbe mai nulla di cattivo, nulla di disordinato, ma anche nulla che sia fuori luogo, non confacente ai misteri di cui è ministro. Con i dovuti adattamenti dovuti alla diversità di situazione, il criterio vale, in generale, per il resto della giornata.
Il sacerdote non salirebbe all’altare senza gli abiti liturgici, così non uscirà per strada senza gli abiti sacerdotali. Il sacerdote non si mette a parlare in modo inappropriato, volgare, o con doppi sensi durante l’omelia; dunque per queste cose non c’è posto nei suoi discorsi, anche fuori. Il sacerdote non salirebbe all’altare senza essere puro nel corpo e nel cuore; dunque anche nella vita deve mantenere la perfetta continenza per il regno.
Il sacerdote non si metterebbe a ballare o saltellare durante la liturgia; dunque è opportuno che eviti ogni spettacolo ridicolo anche all’esterno della chiesa. In qualche modo riflettevamo già su tutto questo quando dicevamo che, anche quando è fuori di chiesa, il sacerdote deve vivere nel mondo con la nostalgia dell’altare, pensando sempre a quel luogo che è suo e dove dovrebbe sempre stare. Se penserà così, non gli verrà neppure in mente di comportarsi in un modo inadatto fuori di esso.
Ovviamente il criterio va applicato con intelligenza e buon senso, ma in generale esso è valido”.
Don Marcello Stanzione